São José dos Ausentes
Desde 1727, os jesuítas, juntamente com os índios Tape (guarani) levantaram uma cruz para registrar o domínio na Vacaria dos Pinhais. Quando faleceram os grandes posseiros destas terras, foram os campos arrematados, em “Juizo de Ausentes”, pelo capitão Antônio da Costa Ribeiro, no ano de 1764.
Proprietário da fazenda São Gonzalo, Riberiro, entre aparados da Serra Geral e as nascentes do rio das Antas, quando faleceu e sem ter descendentes, foram novamente os mesmos campos colocados em “praça dos ausentes” e arrematados em 1787 pelo padre Bernardo Lopes da Silva, o tenente José Pereira da Silva e Manoel José Leão, que repassam em 1789 ao povoador Antônio Manoel Velho que a denominou Fazenda Santo Antônio dos Ausentes.
As três sesmarias conhecidas como dos Ausentes na medição e demarcação somaram a área, passando de dez sesmarias, que só foram subdivididas a partir de 1874, data de falecimento de Ignácio Manoel Velho, um dos herdeiros que manteve a área intacta, o que mais tarde unida a outras, se tornaria o município São José dos Ausentes.
Uma das versões é de que poucas pessoas ficavam morando neste local por muito tempo, devido as péssimas condições climáticas, o frio era tanto que a cidade freqüentemente tinha seu povo ausente. A origem do nome do município “São José” pelo padroeiro do lugar.
Dos sesmeiros João, José e Manoel, após adquirirem fazendas, dois deles foram assassinados, considerando assim a Terra dos “Ausentes”. Recanto onde estão as mais altas nascentes de águas claras nos aproximados 70 quilômetros de paredão (muralhas) da serra geral, os capões que guardam segredos, as araucárias topetudas e a vegetação da quina dos peraus barbados de musgos multicoloridos formam cartões postais.